quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Riscos Causados pelo Diabetes Gestacional à Mãe e ao Bebê

Uma das características da dieta gestacional:
feto muito grande.
- ilustração: Believ.net -
Mais da metade 
de diabéticos no mundo
não sabe que tem a doença.
Portanto
 há um número enorme de gestantes
que são diabéticas e não sabem disso.



O diabetes é uma doença metabólica causada por um significativo aumento de açúcar ou glicose no organismo. A glicose é a principal fonte de energia do corpo, mas quando ocorre em excesso, ela traz complicações seríssimas para homens e mulheres. Para saber mais sobre o diabetes, leia no "Ciência & Vida" o artigo sobre o que diabéticos podem e não podem comer e beber (http://civida2011.blogspot.com.br/2013/08/alimentos-mais-adequados-para.html). Neste artigo, a referência é especificamente sobre o diabetes gestacional. 
Segundo a Organização Mundial de Saúde, atualmente o diabetes atinge cerca de 7,6% da população mundial. Um índice aparentemente baixo em termos de porcentagem, mas considerando-se que a população mundial atual é de mais de 7 bilhões de pessoas, isto significa que são mais de 532 milhões de portadores da doença. Dentre estes, sete por cento são mulheres grávidas. Porém, há muitos diabéticos que não sabem que o são porque não se submeteram a exames médicos para detectar a doença. Portanto, o número de grávidas diabéticas certamente é muito maior do que o apontado pelas estatísticas.
No diabetes gestacional (DMG - "Diabetes Melittus Gestacional"), muitas características são semelhantes às do diabetes tipo 2. A mulher apresenta peso muito acima do normal ou obesidade, excesso de insulina e um apetite muito aumentado que colabora para um clico vicioso: mais comida, mais peso, mais comida, mais peso...
Todas as mulheres grávidas devem se submeter ao exame de glicose plasmática em jejum (GPJ) na primeira consulta pré-natal. As que apresentarem GPJ acima de 126 mg/dl - 126 miligramas por decilitro (*) - recebem a confirmação de diabetes gestacional se o mesmo resultado se repetir num segundo exame no dia seguinte. Independentemente de qualquer fator de risco, aconselha-se que as mulheres com GPJ acima de 85 mg/dl sejam submetidas ao teste oral de tolerância à glicose o mais cedo possível para confirmar o diagnóstico.
No caso de uma DMG, o bebê pode nascer com cerca de cinco quilos ou mais. O aumento de peso e de tamanho do feto (veja a ilustração acima) ocorre porque as taxas altas de insulina e glicose na mãe são também altas no feto. O excesso de glicose no sangue da mãe obriga o organismo do bebê a produzir muita insulina para protegê-lo de uma hipoglicemia (excesso de glicose no sangue) durante a gravidez. Se a taxa de glicemia da mãe se mantiver acima dos padrões normais gestacionais após um período de 36 semanas, isto significa que o nível de insulina no bebê apresenta riscos para ele. Após o parto, como o cordão umbilical foi cortado, o bebê não receberá mais o alto nível de glicose da mãe, mas ainda terá um alto nível de insulina, o que lhe causará hipoglicemia e poderá lhe causar a morte. 

E se a mulher estiver diabética ANTES da gravidez?

Como se é possível a uma pessoa saber se tem diabetes se ela se submeter a um exame médico específico para detectar a doença, é importante que a mulher se submeta ao mesmo antes de engravidar. Sim, porque se o problema for confirmado, a gravidez terá que ser sistematicamente acompanhada pelo médico. Se o diabetes for confirmado antes da gravidez, é preciso ter certeza de que os níveis de glicemia estão bem controlados. Caso contrário, o bebê não se desenvolverá de forma normal.
Numa situação assim, a gravidez será considerada de risco. Talvez - veja bem, apenas "talvez" - a mãe não tenha problemas se conseguir manter sua taxa de açúcar no sangue o mais próximo possível das taxas normais. No entanto, não se pode assegurar a ausência de riscos para o bebê. Por isto, a gestação terá que ser acompanhada por dois médicos: um obstetra e um endocrinologista. 


Lembre-se sempre: embora com base em fontes oficiais e de credibilidade, este é apenas um artigo. Para procurar saber mais a respeito, é necessária uma consulta a um médico especialista na área.

(*) - Um decilitro é a décima parte de um litro (l/10).

Fontes:

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